sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sonho 14 ou 15 de setembro de 98

Estava eu num edifício muito grande que parecia ser uma escola. 
Corredores largos, grandes escadarias. 
Eu não me recordo de como lá cheguei, mas procurava algo ou alguém que me fosse familiar, talvez a sala onde devesse adentrar, quando ouvi através d'uma porta uma voz que me pareceu ser de minha irmã.
Parei à porta e fiquei a escutar o que ela falava. 
Parecia uma aula e ouvi algumas palavras intercaladas como fossem títulos dos assuntos ali explanados: resgates, penas, expiações e outras que fogem agora. De repente abri a porta e a moça (que não se parecia com minha irmã, mas tinha a voz igual) veio em minha direção e nervosamente olhou para alguém a seu lado e perguntou ao me apontar:
- O que fizeram com minha irmã?
Ao que eu a confortei com minhas mãos e respondi que se acalmasse pois nada de ruim estava se passando com a irmã dela, que depois tudo voltaria ao normal. Estranhamente eu falava como se não me referisse à minha pessoa, mas outra, só que não sei bem quem.
Entrei na sala, peguei umas pastas onde estavam folhas que se tratavam do assunto ali debatido; caminhei por entre as carteiras até o fundo da sala e me pus a falar:
- Resgates, penas, expiações, etc..
Cruzei as pastas em meu peito e pausadamente disse:
- O mais importante é o amor!
Fiz silêncio, caminhei de volta para a frente da sala, notando que deslizava ao invés de dar passos.
Quando olhei para a classe novamente, muitos já não estavam ali, restou apenas um grupo de mulheres sentadas em círculo e uma ou outra pessoa em pé pela sala; as mulheres do círculo conversavam sem se darem conta da minha presença.
De maneira oposta ao habitual, calmamente eu fui falando:
- E vocês estão demonstrando com essa atitude o amor que ainda não tem no coração. 
Todas pararam ao mesmo tempo de conversar e me olharam, daí em diante, começamos a conversar sobre o amor, de onde ele vem e onde ele em nós floresce (dizia eu que ele nascia na profundidade do nosso espírito).
Discorríamos sobre o amor verdadeiro, tentando esclarecer o engano do apego às coisas materiais como objetos de realização.
Algumas mulheres se confundiam, não conseguindo explicar o que é o amor e colocavam num objeto o significado de algo tão sublime.
Um exemplo foi uma mulher me dizer:
- O amor! Ah, amor eu tenho pelo meu carro que é lindo!
Eu ouvia com muita atenção para depois tentar colocar meu ponto de vista a respeito e assim tudo se embaralhou, esvaneceu, até que fiquei em silêncio; desperta em minha cama.



Dulceny z